Sobre

Eu sou a Diana...

Desde tenra idade, a vida pôs-me à prova dando-me um desafio: andar sobre rodas. E como não sou pessoa de baixar os braços, aceitei-o com muita garra e afinco.

Tirei a licenciatura em Educação e sou mestre em Educação de Adultos e Intervenção Comunitária, pela Universidade do Minho.

A minha paixão pelo artesanato surge desde a infância. De certa forma, acho que se deve muito em parte à minha mãe, que passava os serões de volta dos crochés, a fazer as típicas colchas, toalhas e os “famosos” naperons que outrora eram muito usados nas aldeias para decoração das casas.

Com ela, aprendi a costurar e a fazer tricot. Com 5 ou 6 anos de idade, parte do meu tempo livre era aproveitado para criar roupas para as minhas bonecas. Nos invernos chuvosos, tricotava as roupas em lã, desde vestidos a camisolas. Já no verão, aproveitava todos os retalhos que encontrava em casa para criar vestidos, saias, camisolas. Com retalhos em seda ou rendas, criava os vestidos de noiva, que de toda a roupa era a que mais me fascinava, devido ao brilho e às rendas, e ainda hoje esse fascínio prevalece.

Todas as costuras eram feitas à mão, uma vez que a minha mãe me proibia de tocar na máquina de costura, com medo que costurasse os dedos e não os tecidos!

Quando me perguntavam o que queria ser quando fosse grande a minha resposta era sempre a mesma: “costureira”.

Consoante avançava no ensino escolar, os tempos livres eram menos frequentes e de certa forma com a idade tinha alguma “vergonha” de costurar roupas para as bonecas, e portanto as artes ficaram um pouco de lado. Mas o “bichinho” ficou lá sempre.

Como acredito que tudo na vida não é por acaso, no meu estágio curricular estive a trabalhar como educadora num espaço de convívio com crianças. Mesmo não fazendo parte da nossa formação curricular, chegando a época do Natal foi-me pedido que decorasse o espaço com coisas alusivas à quadra e foi aí como que regressei aos tempos de infância e pude dar asas à minha imaginação.

Permaneci nesse espaço durante mais 3 anos, mas desta vez com a população idosa e a forma que encontrei de cativar esse público para as minhas atividades foi com as artes. 

Durante estes 3 anos passei a explorar mais o lado do artesanato, conheci novos materiais, novas técnicas, e penso que formei verdadeiras artistas.